É húmido e sonoro o ar sombrio;
Não há medo no bosque apaziguante.
A leve cruz dos passeios sozinho
Submisso carrego novamente.
De novo para a terra em letargia
A queixa voará, qual pato bravo,
Participo de uma vida sombria
Onde todos estão sós lado a lado!
Um tiro. Sobre o lago adormecido
Pesadas se tornam as asas dos patos.
Pela sua vida dupla, reflectida,
Os pinheiros tornam-se assombrados.
Em reflexo estranho o céu brumoso -
A turva dor universal, ali -
Permite-me também ser nebuloso,
Permite-me que não te ame, a ti.
Ossip
Mandelstam, Guarda a Minha Fala Para Sempre
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August Sander, Two Young Farmers, 1914 |