27 dezembro, 2012

Bicicletas quebradas, velhas correntes rebentadas
Guiadores enferrujados lá fora à chuva
Devia haver um orfanato
Para estas coisas que ninguém mais quer
Setembro recorda-me Julho
É tempo de dizer adeus
Se o Verão passou o meu amor permanece
Velhas bicicletas quebradas lá fora à chuva

Bicicletas quebradas, não digam nada aos meus pais
Com todas aquelas cartas enfiadas nos raios
Espalhadas como esqueletos sobre a relva
Rodas que não giram sem a outra metade
As estações passam a correr
E eu que me esqueço todas as vezes
Mas as coisas que me deste ficarão para sempre.
Mesmo quebradas nunca as lançarei fora.

Tom Waits

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