Ferdinand Hodler, Charmed Boy, 1894 |
27 novembro, 2015
25 novembro, 2015
Marina Tsvetáeva
Não verás a visita da noite...
Para sempre, perdoa e adormece
No abrigo a toda a prova
Daquesta luz impossível.
Mas se - não julgues que te ilude
O ouvido! - a que te ama -
Se apartar um pouco, se a noite
For pranto, e a cítara - for peito...
Isso é o meu amante, de louros
Na fronte, que virou os cavalos para fora
Da liça. São ciúmes de Deus
Pela sua favorita.
Marina Tsvetáeva, Depois da Rússia (trad.Nina Guerra e Filipe Guerra)
Para sempre, perdoa e adormece
No abrigo a toda a prova
Daquesta luz impossível.
Mas se - não julgues que te ilude
O ouvido! - a que te ama -
Se apartar um pouco, se a noite
For pranto, e a cítara - for peito...
Isso é o meu amante, de louros
Na fronte, que virou os cavalos para fora
Da liça. São ciúmes de Deus
Pela sua favorita.
Marina Tsvetáeva, Depois da Rússia (trad.Nina Guerra e Filipe Guerra)
24 novembro, 2015
Marina Tsvetáeva
Para não me veres -
Na vida - cinjo-me da cerca
Invisível e penetrante.
Cinjo-me da madressilva,
Cubro-me do algodão da geada.
Para não me ouvires
Na noite - com manha de velha
Me dissimulo - e me protejo.
Cinjo-me do restolhar,
Cubro-me de ramagens.
Para que não floresças muito
Em mim - nos silvados: enterro-me
Nos livros ainda em vida:
Cinjo-te de fantasias,
Cubro-te de ilusões.
Marina Tsvetáeva, Depois da Rússia (trad.Nina Guerra e Filipe Guerra)
Na vida - cinjo-me da cerca
Invisível e penetrante.
Cinjo-me da madressilva,
Cubro-me do algodão da geada.
Para não me ouvires
Na noite - com manha de velha
Me dissimulo - e me protejo.
Cinjo-me do restolhar,
Cubro-me de ramagens.
Para que não floresças muito
Em mim - nos silvados: enterro-me
Nos livros ainda em vida:
Cinjo-te de fantasias,
Cubro-te de ilusões.
Marina Tsvetáeva, Depois da Rússia (trad.Nina Guerra e Filipe Guerra)
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22 novembro, 2015
21 novembro, 2015
20 novembro, 2015
19 novembro, 2015
Piet e Doris
Doris
Lessing
18 novembro, 2015
invincible été
17 novembro, 2015
Heiner e Paulo
Em verdade, ele viveu em tempo de trevas.
Os tempos ganharam em luz.
Os tempos ganharam em trevas.
Quando a luz diz: Eu sou as trevas,
Disse a verdade.
Quando as trevas dizem: eu sou
A luz, não mentem.
Os tempos ganharam em luz.
Os tempos ganharam em trevas.
Quando a luz diz: Eu sou as trevas,
Disse a verdade.
Quando as trevas dizem: eu sou
A luz, não mentem.
Francesca e Simone
16 novembro, 2015
Outono e seda e nada
13 novembro, 2015
Helene e Paul
12 novembro, 2015
11 novembro, 2015
Cy e Jean
Cy Twombly |
O anjo não se preocupava muito com a minha revolta.
Eu só era o seu veículo, e ele tratava-me como veículo.
Jean Cocteau, O Livro Branco
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09 novembro, 2015
Cy e Pablo
Cy Twombly, Untitled, 2001 |
Amo-te sem saber como, ou quando, ou onde. Amo-te simplesmente, sem
problemas ou orgulho; amo-te desta maneira porque não conheço outra forma de
amar que não esta, na qual não existe eu ou tu, tão íntima que a tua mão no meu
peito é a minha mão, tão íntima que quando adormeço os teus olhos fecham.
Pablo Neruda
Pablo Neruda
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