09 abril, 2014

simples como é
a claridade é a coisa
mais difícil de encontrar

Mário Henrique Leiria

08 abril, 2014

A poesia é um meio de conhecimento e acção de cujos frutos, bons ou maus, só o poeta aproveita (facto, este, de que muito poucos se dão conta) e daí a inutilidade dos esforços para ligá-lo a qualquer filosofia, política ou teologia, inutilidade que não se desmente no caso de ser o próprio poeta a fazer essa aproximação. É (foi) o caso de Régio como o de Mayakovsky: a sua voz continuará estranha e o sentido das suas palavras incompreensível mesmo para aqueles que escolheu como correligionários. É que o poeta é rebelde sem premeditação, demolidor de tudo e de si próprio, esforçadamente anti-caridade-encostada-às-esquinas-de-pistola-em-punho ou caneta-na-mão-lágrima-de-jacaré.

Perfecto E. Quadrado, A Única Real Tradição Viva - Antologia da Poesia Surrealista Portuguesa, excerto de Carta ao Egito, de Pedro Oom, 1949

04 abril, 2014

Jervis McEntee, Sea from Shore, 1873

02 abril, 2014

31 março, 2014

Marc Chagall, Relógio, 1918

29 março, 2014



Flannery O'Connor





Não escreves o que pensas, escreves para saber o que pensas.

Flannery O´Connor


28 março, 2014

August Sander, Bailiff, c.1930

























August Sander, The Painter Anton Raderscheidt,1926









The Butcher -August Sander
August Sander, The Butcher

August Sander, Forester's Child, Westerwald, 1931

26 março, 2014

August Sander, Midlle Class Children, 1925
























August Sander,Village Schoolteacher, 1914



August Sander, Unemployed Man, 1920

25 março, 2014

Abril em Março!
(Carlota e Joana - 10 anos)

24 março, 2014


Jean Cocteau por Laure Albin Guillot, 1939























Jean Cocteau, por Germaine Krull

























Jean Cocteau por Man Ray , 1922

23 março, 2014

Manuscritos de Jean Cocteau

"Je garde mon ange " 
Jean Cocteau



22 março, 2014

 #5
» Quando os verões completos voltarem — todos
Cheios de Júpiteres e navestransmarítimas, iludindo
Os de olhos postos nos maestros d’ébano altíssimos —,
Já não precisarei de cá estar. Até lá vou remoendo as
Tintas e os objectos de escrever que d’adulto
coleciono na escrivaninha oca do crânio. Vou!, mesmo que
Nem um texto, entre tanto, se revele pela inspiração que
Suplico aos génios do subvulcão que tenho na residência
Experimental dos pulmões. E do queixo. Receba eu sinal
do peixes e vou-me deste campo. «

 #7
» Vesti-me de lavado com panos d’algodão quente
Depois do banho. Meias flexíveis, cuecas que encaixam,
Meia dúzia de pequenos luxos: camisola-interior,
Cheiro a desinfecto debaixo-dos-braços, pasta nos
Dentes durante a esfrega… Os sapatos até ficam
Sofríveis com as palmilhas almofadadas a cem escudos,
Propositadamente compradas ontem, para a manhã d’hoje.
Um lugar na mesa do centro, pão-de-bico com café,
Queque caseiro, tabaco americano {aqueles cigarros
Compridos muito em uso por damas-poeta}, e, a,
Boquilha de filtros de cristais para aliviar a convulsa
Dos pulmões. “Os fumadores morrem prematuramente” — [aviso Governamental do Plano Nacional de Poupança contra excessos de Cuidado em casos de cancro pulmonar ou de a laringe] —,
E a manhã corre nobilíssima, espantada de fenómenos.«

Frederico ‘W George , Psicographário Poético
Robert Rauschenberg, Bed, 1955

21 março, 2014

dia mundial da poesia
Man Ray, Les Amoureux, 1964

A arte de amar é a mesma de ser poeta. 
Cecilia Meireles

14 março, 2014

Raoul Dufy, La Grille,1930